"Todos somos espinhos em potencial, apenas exalamos perfume para disfarçar."



sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

[...]


Caminhando na vida, descobri uma vírgula, um sinal para dar uma pausa, pensar, mas logo em seguida continuar. Descobri que tenho saudades. Por toda vida sempre fui aquele menino que se apegava a seres, coisas, pessoas .. sempre fui de muitos amigos, amores e valores. Desde minhas professoras das séries iniciais aos melhores amigos que a vida me deu, sempre me apeguei a alguém. Se eu fechar os olhos, não seria capaz de contar nos dedos de dez mãos o tanto de pessoas que quero bem. Dez? Ainda é muito pouco. Caminhando pela vida, descobri que sou amado por tantos.. e isso aquece meu coração. É como se alguém pudesse envolve-lo com um manto, aquecendo do frio, deixando em uma temperatura aconchegante, como colo de mãe. É tão bom olhar ao redor e ver trezentos e sessenta graus de sorrisos. Em cada ponto da volta que der, encontrar um alguém para abraçar. Ainda que olhando para baixo encontre, alguns, que preferiram esconder os risos e mostrar para mim, uma face mais séria ou até ríspida às vezes. Esses são os pormenores, aqueles a quem eu desvio o olhar, ignoro. Por mais que sejamos amados, nunca seremos totalmente, ou sempre iremos querer mais. Apesar de muito julgado, apontado, questionado, sei o que sou, como sou, porque sou e acima de tudo, sei o que pode me fazer feliz. A segurança de ser amado, trás consigo uma gama de convicções. Mesmo distante, mesmo ausente, mesmo faltando na hora que muitos precisaram, eu amo a muitos. Acho que nasci com o amor no peito, o dom de encantar pessoas e orgulho de fazer amigos. Não tenho problemas em dizer te amo, desde que o amor exista. Não concordo com a teoria de amar poucos, o amor nasce, não escolhe pesos ou volumes, tão pouco ocupa espaços ou conhece dimensões. Sei que minhas verdades podem não condizer com as alheias, mas prefiro conservá-las assim, bem minhas. Quanto às saudades, sei que matarei sempre, um pouco por vez. Quanto aos amores, carrego no peito e vez ou outra, faço operações matemáticas. Quanto às palavras, são só desabafos. Quanto a mim.. sigo aqui, meio em sonho, meio em uma realidade desejada.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Ser feliz


Ah.. quanto tempo eu não sentia o cheiro de música boa, de palavras mornas, de ver aquele som meloso. Há quanto tempo a nostalgia não chegava. Há quanto tempo sentir era só, sentir. Alegria, dor, uma salada de fruta de sentidos. Não sei o porque, mas falta aquele peso que sempre esteve aqui, e hoje desapareceu. Acho que criei asas ou me deixei voar. Acho que não mais me importo tanto com as informações alheias, seus gostos, afetos, desafetos, problemas e principalmente suas opiniões. Não me envolvo mais além do que me condiz. Se é amigo, abraço. Se não, observo, ou melhor, nem perco tal tempo. Precisamos nos encontrar pela vida, saber o que realmente queremos. Precisamos saber priorizar quem merece. A vida é uma, por mais que possam existir outras, você dificilmente lembrará desta. Ainda me pergunto o que alguns fazem para tornar sua vida especial.. tantos e tantos se moldam aos gostos de determinados grupos, ainda que aquilo não condiga com sua realidade, seu gosto, sua opinião.. isso é tão chato, entediante. Hoje eu apoio até aqueles que gostam das tão criticadas modinhas. Calma, seu erro é subjugar antes de entender o contexto. Se alguém se enquadra em determinados estilos extremistas é porque ainda busca se encontrar. Se elas se sentem bem ouvindo Elis Regina ou meia dúzia de calças coloridas, e isso lhe faz feliz, mando um salve. O mundo é tão diversificado. Se criticamos algo, das duas uma: não conhecemos ou não se enquadra no nosso padrão, isso de maneira egocêntrica. Quem te disse que teu padrão é o mais correto? Nós erramos pois achamos que somos donos da verdade. Ok, paremos com os estereótipos e as críticas aos gostos alheios, tentarei veementemente cumprir essa promessa. Mas ainda mando o meu salve, a todos aqueles que fazem do mais fútil ao mais útil seu meio de felicidade, isso que vale. Ser feliz.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Superficial


Com aquela cara de desprezo, aquele olhar de “e dai?” aquela voz irônica, sarcástica, aquele humor de piada indiscreta, de resposta bem dada, aquele gostinho de: eu sei o que faço. Aquela certeza de onde se estar pisando, aquele não precisar mais mentir nem omitir a verdade, a certeza do que se quer, ou melhor, ainda, do que não se quer. A vida é repleta de escolhas e opções, até ai, nenhuma novidade. Mas dentre tantas, hoje aquela pessoa acordou sabendo aonde e com quem ir, não sabe ao certo o que fazer, mas sabe que pode. O sentimento de impotência é terrível, ainda mais para seres humanos pensantes, cuja vitória é meta, ainda que jogar seja mais importante. Já se sentiu assim? Livre. Sabendo que pode olhar pro espelho e ainda que o mundo inteiro grite que aquela fotografia é completamente desproporcional ou irremediavelmente estranha, você poder dizer: ao menos sou de verdade e a tua opinião eu simplesmente desprezo. Damos as pessoas mais importância do que elas realmente merecem, alguns só fazem somar números de pseudo-amigos e subtrair felicidade. Não preciso de alguém que superfluamente me deseje bom dia, só para satisfazer as convenções hipócritas da sociedade. Bom dia, como vai você, eu te amo, são coisas tão banais hoje em dia. Qualquer um diz isso em um papo de cinco minutos (no primeiro encontro), infelizmente as pessoas distorcem tudo, confundem e tornam sentimentos clichê. Ok, você não é assim, disso eu tenho certeza, vamos colocar aqui, aquela famosa frase: Toda regra tem exceção. Mais aqui vai um pedido de alguém cansado de tentar entender os seres humanos: Seja educado, mas use de palavras sinceras, bom dia não é oi. Eu te amo, é mais do quê três palavras sem sentido algum. Depois disso tudo, me responda: Como vai você? You Know I’m No Good. Op

domingo, 21 de novembro de 2010

Detalhes




Por diversas vezes nos flagramos precisando de algo que não sabe definir. É um vazio estranho, uma sensação confusa, um estar perfeito mas não totalmente. Sabe as horas que o coração clama por um amor? É quase uma necessidade, uma maneira de continuar vivendo. Em meio a tantos filmes de amor, sejam eles ficção ou da vida real, casais em parques, beijos de bom dia e abraços de boa noite.. toda magia do cinema dos apaixonados, todo calor da companhia de alguém que te chame de meu.. a alegria de receber uma carta, um email ou um "sms" com uma frase tão insignificante, mas que te tira aquele sorriso de canto de boca, meio indiscreto, espontâneo e que sai do fundo do ser. É como aquele abraço de uma pessoa que a anos tu não vê mas que foi importante em alguma fase da vida, ou alguma conquista muito desejada. É uma busca incessante por todos os locais que o dia nos levar. O bom é saber que esse amor está ao lado, só precisa se fazer enxergar melhor, para daí por diante começar todo romantismo exacerbado dos filmes de amor.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O Modo de Ver a Vida


Já repararam a ótica do ser, ou melhor, do como ser? As pessoas se perdem em seus próprios caminhos, põe a perder toda sua plantação, elas mesmas inserem pragas, incrível sua capacidade de destruição em massa.


A maioria se veste e age não como gosta, mas como chamará mais atenção... Às vezes gosto de nos colocar como animais, calma, entendam... Partindo do ponto de todos sermos seres animalescos, fica mais fácil explicar tudo. Já repararam como esse desejo de beleza, que nós denominamos vaidade, pode se assemelhar a danças ou mudanças para chamar atenção dos possíveis parceiros? Animais têm isso, chamasse entre outras coisas, dança do acasalamento.


Sem dúvida uma coisa presente na vida do ser humano é a crítica. Já reparou que criticamos tudo que não igual a nós? Se criticarmos o que é igual, estaremos fazendo uma autocrítica, e isso vai contra nossos próprios conceitos. Critica-se música, se você a critica certamente não gosta. Mas isso partindo do pressuposto que estas repetitivas críticas, sejam negativas, sempre há a associação da palavra ‘crítica’ a algo negativo, virou estereótipo, clichê.


Os humanos são engraçados, estipulam valorizes exorbitantes a coisas que a natureza dá de graça. Já viram o diamante de outro modo? É uma pedra, com uma pitada de raridade, mas que para os homens da caverna, nada valia. Ainda acho que quanto mais evoluídos mais ignorantes (por um ponto de vista). Valorizamos pedras, aço modificado, látex convertido.. e os sentimentos?


Ainda chamamos alguns de fúteis. Desculpa a minha revolta, mas hoje tirei o dia para pensar o quanto a gente estuda, entende o funcionamento das coisas e mesmo assim, estamos num caminho sem volta, para transformar tudo em bem de consumo. Não sou contra o capitalismo, não sou utópico, sou real, sou homem e gosto de me ver por outros ângulos, pensar e existir não são sinônimos? Usemos a massa encefálica.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Não Há Barreiras


Engraçado, ao mesmo tempo em que está tudo ruindo, tudo se reconstrói. A vida tem uma dinâmica espetacular. Simultaneamente vidas se cruzam, palavras vão ao fundo da alma, e até um bom dia na hora certa, muda teu humor. Acho que de tanto estudar, começo a aplicar as coisas no meu cotidiano, visto assim, nunca a lei de Newton fez tanto sentido (toda ação, tem uma reação), toda escolha acarreta pra si, uma gama de outras coisas que só se somam ou multiplicam para chegar a um denominador comum, toda essa matemática com subtração de tempo e de desejo. Algumas escolhas são completamente prazerosas, na verdade todas deveriam ser, mas ai ninguém aprenderia nada. Sinto-me alguém que dá conselhos a si mesmo, como um jogo de xadrez solitário... Você prevê sua própria jogada e seu xeque-mate é em ti mesmo. Confesso a você que tenho desgostado de pensar, chega uma hora que só pensar gera um tédio profundo. Vou atrás das minhas escolhas, vou levá-las até o fim, nada de deixar elas me levarem, eu as escolhi, não o contrário. Vamos tomar as rédeas, chega de se deixar abater por qualquer vento em sentido contrário. Foco. Metas. Ninguém conquista nada sem lutar, não é verdade? Pois vos apresento o mais novo gladiador, matador de leões. Se pra vencer barreiras e evoluir eu nasci, não tem porque se omitir. Não abaixa a cabeça, segue em frente... Mesmo que o sol esteja quente e você já esteja vendo miragens, não desista.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Não Se é Amigo Sozinho


Quanto vale ser melhor que o outro? Insisto, responda-me essa pergunta, é algo que preciso me fazer entender. Analiso as relações entre pessoas que me cercam, e a maneira com a qual os que mesmos agem em grupo. Sempre há a necessidade de se sobrepor aos demais, sempre há a necessidade de superar, não a si, não pelo desejo de vencer barreiras, mas pela pura e exclusiva necessidade de dizer: sou melhor que você! Abomino isso. Não é através de ilusões que se constroem as relações, não deixarão de gostam de você por você não ser aquele ser perfeito que faz questão de exibir. Amigos são ótimos, mas quantos você já teve, e quantos você tem? No fim das contas é você e você mesmo. No travesseiro, é só você e sua consciência. Na chuva, é você e as gotas d’água... Em alguns momentos, o outro é completamente indispensável, somos seres sociáveis, necessitamos desse convívio, deste contato humano mas ele precisa ser verdadeiro, não pode ser forçado. Ninguém luta por algo que não acredita, ninguém deseja uma amizade baseada em fatos irreais. Fazemos amigos, baseados muitas vezes em afinidades, no fim, os menos semelhantes são os que mais nos ajudam e estão de prontidão quando precisamos. A vida é assim, não se vive em função dos amigos. Amigos ajudam-se sem relações de parasitismo. Não se é amigo sozinho. Não existem monólogos em amores e amizades. Não existe meio termo, em relação a gosto. Ainda que soe radicalismo e revolta, não condeno amizades, pelo contrário, amo os que tenho como amigos. Não sei se todos nutrem por mim o mesmo sentimento, mas não dá para amar na esperança de que seja amado, é necessário não exigir troca, espere menos e sofrerá na mesma proporção. Não busque aqueles que gostam tão somente das mesmas coisas que você. Não é necessário lutar pela igualdade, mas sim pelo respeito às diferenças.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Estátuas Indignadas




O mundo anda calmo, silencioso e tedioso. Mais uma eleição, as costumeiras brigas entre partidos, simpatizantes, convictos.. os mesmos problemas ambientais, a fome, a miséria, a insegurança. Tantas promessas de solução, tantos supremos, que só de garganta salvaram a humanidade, dizimaram toda dor e ainda como se tudo fosse pouco, pintam um lindo quadro de perfeição, utópica, onde uma maioria esmagadora, necessitada, deposita toda sua confiança e esperança de mais quatro anos, de no mínimo, menos sofrimento.

Acho completamente abominável essa falta de escrúpulos de alguns, que ainda tem a cara de pau, de se expor na televisão e pedir meu voto. Acho uma completa lástima, onde as coisas pararam... Candidatos que nem se importam com o futuro da população, mas estão intimamente ligados aos anseios dos gordos salários e mídia fácil dos cargos governamentais do nosso estado, Brasil.

Desejo mesmo, sem vergonha, um ditador para nos reger. Não peço censura à liberdade de expressão ou esse lado negro da ditadura... Gostaria de alguém, um ser pensante, que colocassem ordem para haver progresso, que exigisse das mídias exibição somente da verdade, que colocasse fim aos ditos poderosos, que mandam e desmandam no nosso país, tal qual um ventríloquo conduz seus bonecos... Gostaria de alguém de pulso forte, que desse um sacolejo nos brasileiros, que volta e meia param para ver o final da novela das 8 ou o jogo da copa, mas saem das urnas e vão aos bares beber ou só desligam a TV por cinquenta minutos , enquanto meia dúzia de pessoas sinceras e trezentos palhaços dizem suas propostas por um país melhor.


Acredito que no passado, existiam mais revoltas populacionais, pois os governos eram tiranos. A população era oprimida e a política do pão e circo era só coisa do passado... Eles eram obrigados a aceitar, ninguém queria enganar nada, era ditadura e fim de papo. O Brasil depois tantos anos de luta, de tantas revoltas e vitórias, é democrático, e aqueles ideais revolucionários, sumiram do nosso sangue, como a famosa lei do uso e desuso.


O nosso país hoje é um gigantesco e vasto museu, onde a exposição atual é de estátuas indignadas.



quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Palavras São as Pernas Tiradas da Cobra


É. Acho que andei sumido, meio que perdido. Acho que viajei dentro de mim, pensei muitas coisas, sabe medo? É, pois. Essa coisa que apreende a gente... Que por mais que tenhamos vontade de sair, não dá.


Conversando com amigos descobri muitos já tiveram o sonho onde corre-se, corre-se, e não sai do lugar. A vida é meio assim, sabe? Tem coisas que por mais que lutemos não dependem de nós, ou só de nós. Tem vezes que precisamos deixar a vida agir um pouquinho, né?


Alguns tapas na cara doem. Não os físicos, não os reais, mais os de fatos, os de ações, que de nada tem de força dos músculos que não sejam os da língua. Palavras são as pernas tiradas da cobra. Sabe aquela história que nos primórdios do mundo as cobras tinham pernas? (patas, qualquer sinônimo), pois imagine um ser violento, venenoso com pernas que lhe propiciem locomover-se mais rapidamente? Com certeza as pernas das cobras se converteram em palavras dos homens. Ô coisinhas para doerem e fazerem felizes!


Acho que tudo isso me fez descobrir valores dentro de mim, (mais alguns) e também me fez perder muitos. Me fez ver do que realmente preciso. Me fez ter calma. Me deu mais fé.


Deus é perfeito até quando não entendemos, (nunca realmente entendemos) mas do que adianta entender tudo? A vida só é bela porque não faz sentido. O amor só é amor quando é confuso. Ninguém tem certeza do que sente, não o tempo todo.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Yo Te Quiero




Acho engraçado o jeito antiquado das pessoas. Acham espaço para te alertar, enquadrar, julgar, se acham donas da moral e dos bons costumes, acham que sabem tudo do além e do aquém.

Acho completamente bizarro, o modo de ver o outro, que alguns que me circulam têm. Sempre com a necessidade de subjugar e ainda te repugnar por qualquer comentário completamente previsível, do tipo que todos veem, mas quase nenhum tem coragem o suficiente, para fazer ir além do pensamento e se concretizar em voz.

A sensação de ser cárcere da tua rotina é completamente irritante. Como é tedioso manter relações sociáveis com aqueles que não são teus escolhidos para um bate-papo ao fim da tarde... Por exemplo.

O poder de escolha é glorioso. Escolher o que comer, o que vestir, onde ir e principalmente com quem andar. As pessoas estereotipadas são tão chulas. Alguns são personagens que nem eles mesmos acreditam, mas que todos aplaudem, seja por falta de senso crítico ou por uma aceitação irrisória do tipo: tanto faz.

Sem mencionar aqueles, dotados de conhecimento supremo, que são tão magníficos (para eles mesmos) que se esquecem de colocar os pés no chão.

Admiro a minha capacidade de algumas vezes falar sem pensar. Isso me faz mais verdadeiro e menos ator. Aparenta transparência, ainda que não seja. Antes isso, do quê pensar e planejar tal qual uma cobra que ensaiam o bote.

As pessoas têm esses instintos animalescos... Se acham tão racionais e ao mesmo tempo se desdobram para achar uma resposta que deixe o outro sem ação.

As relações interpessoais são tão metódicas e me lembram uma peça do tipo comédia. A comédia da vida real... Todos rindo no aperto e balançar do ônibus e cada qual formulando suas teorias e respostas dos quês e por quês... Ê vidinha humana, ê vidinha animal... Apesar dos pesares, yo te quiero, é assim que tem que ser, né? Então vamos viver.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Não é Amizade...


Não sei por que a ausência de sentimentos ‘balanceados’ em relações, causam tanta dor. As pessoas têm uma mania irritante de te cobrar o que não dão.. a troca não é de fato a base de uma relação, mas, quando apenas um se doa de corpo e alma e o outro só pousa como ‘receptor’ o sistema soa um alerta de erro, e o programa fecha. As pessoas têm uma visão deturpada das relações, cobra-se muito, deseja-se muito do outro, mas, e ai? Onde está a troca? Onde está à lei de ‘só faço com o outro, o que gostaria que fizessem comigo’? Esperar do outro é muito fácil, mas quem parou nos últimos anos, meses, semanas, dias, horas... Para pensar o que poderia dar (não fisicamente, mas sentimentalmente) a um amigo? É muito fácil pedir colo, pedir abrigo, pedir um ombro ou qualquer outro beneficio, mas será que estamos de prontidão para atender os amigos quando eles precisam? Será que estamos indo além dessa teoria? Dizer: estou aqui pro que precisar.. é muito fácil! Procurar saber se é necessária a ajuda que é difícil. Nem todos têm a facilidade de procurar um amigo sem que ele lhe estenda a mão. Nem todos têm a sacada de que, amigos se ajudam mutuamente e não em uma relação onde apenas um é o beneficiado da amizade.. se existe relação é porque ambos precisam um do outro, ambos se completam em alguma parte, ambos. Não um em prol do outro que por sua vez pouco caso faz. Desculpe, más isso para mim não é amizade...

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Meios de Adaptação

Para começo de conversa, acredito que todos tenham seus meios de adaptação. Todos têm suas táticas e técnicas de sobrevivência. Alguns seres são ostras, que trancam em si todo seu sentimento e opinião sobre o mundo que as circula, algumas pessoas são livros abertos, onde qualquer um pode ler seu conteúdo, porém, a mim agrada mais as pessoas que assim como eu, são livros abertos que contam a história de uma ostra.

Repito, todos têm seus meios de adaptação. É mais seguro e até prazeroso dar às pessoas a sensação de que te conhecem por inteiro, dar aquele ar de previsão, que sabem teu próximo passo, teu próximo ato, teu pensamento. Os humanos têm esse mal, querer dominar a mente alheia, querer saber o que se passa nela, querer preparar o contra ataque mesmo antes do ataque pensar em ser formado.

Tenho absoluta certeza que apenas alguns por cento das pessoas que dizem me conhecer, me conhecem de verdade. Acredito que muito do que falo em conversas espontâneas ou em momentos de desconcentração, dão as pessoas uma opinião completamente deturpada do quem sou. Não preciso falar de sentimento todo o tempo, para o sentir... Não preciso falar em termos complexos ou exibir meus conhecimentos para que saibas que os possuo. O que já me traz uma grande vantagem, escolher aqueles para os quais devo mostrar o mais profundo do meu ser, mesmo clichê, é de fato isso que se dá.

Não sei por que cargas d’água as pessoas insistem em usar estereótipos para definir os seres, sempre buscam em ti aquele outro alguém que teu rosto faz lembrar, sempre te enquadram naquele grupo social que tuas roupas aparentam caber, sempre te rotulam por teus gostos, ainda que meramente musicais.

Não sei por que existe a necessidade de classificação, que os seres tanto necessitam. Bonito, feio, gordo, magro, sedutor, vagabundo, irreal, anjo, demônio, ator, palhaço, fingido, chato. Costumo ser insuportavelmente insuportável, isto mesmo, uma completa redundância para gerar em você a idéia de exacerbado.

Costumo-me pré-definir assim. Talvez um ou outro, ou todos, prefiram ter suas próprias conclusões, talvez aquela primeira impressão não passe da minha vontade de te enganar e/ou persuadir.

Confesso que possuo o gosto pelo confundir e pelo ‘te deixar sem entender’, ainda lembra que todos têm suas táticas de sobrevivência? Essas podem ser as minhas, ou mais uma das aventuras do meu ser em terceira pessoa, uma lástima: só alguns, aos quais eu escolher, saberão, ou não.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A Sua Espera


Queria que saudade fosse uma daquelas palavras que ficam esquecidas no dicionário... Aquelas que não sabemos pronunciar, não sabem o significado, nem quando nem onde empregar. Queria que essa palavra fosse extinta, juntamente com o sentimento que ela faz brotar. Não gosto desse sentimento, não faz bem quando não podemos matá-lo com toda vontade do mundo. Sinto falta de alguns abraços que humanamente jamais vou ter. Sinto falta de alguns afagos que fisicamente jamais terei. Sinto falta de alguns toques suaves de mãos macias que o tempo só me permite tentar lembrar exatamente como eram... Odeio esses dias que se tornam semanas, que viram meses e toda essa gradação que vai somando saudades e apertos de coração. Quero que meus sonhos sejam assassinos de saudades. Quero que minha imaginação te traga pra mim como se nunca houvesse me deixado.


quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Falando de Sentimento.

Sabe aquela sensação boa de caminhar na praia de manhã bem cedinho, vendo os pássaros a voar, as ondas molhando nossos pés, o sol que começa a aquecer nossa pele mas o vento frio do amanhecer ainda o deixa frio?
Às vezes queria sentir a mesma emoção de dar os primeiros passos. Algumas coisas só sentimos uma vez... E passaremos a vida toda tentando repetir aquele prazer, que jamais será igual... Pode ser melhor,pior... Tudo, menos igual.
Engraçado como os sorrisos das crianças são espontâneos. Com o passar do tempo parece que paramos de comemorar as coisas simples ou até grandiosas. Parece que demonstrar interesse não é tão fácil assim, mesmo quando se está interessado.
Às veze tenho vontade de te chamar e contar tudo, mas prefiro calar. Quantas vezes já gritei sem necessidade. Quantas vezes os gritos foram tão tolos que alguns nem se quer voltaram os olhos na minha direção. Por mais que muitos me aplaudam há sempre uma necessidade de que você me aplauda. Há a necessidade, e é inegável.
Certamente eu sinto coisas que escrevo. Mas algumas vezes me vem coisas a cabeça que não fazem parte dos meus sentimentos atuais, mas que necessitam conter nos textos, mesmo que indiretamente.
A criação é um processo tão complexo... É como se todos os eu’s distantes ou próximos que moram dentro de ti se unissem, e juntos, cada qual narrando uma frase, construíssem toda a narrativa.. tal qual tijolo à tijolo uma casa fosse feita.
Tudo é questão de sentido. Tudo é questão de sentimento. Uma palavra leva outra que juntas vão fazendo sentido, no cérebro, mesmo antes d’eu imaginá-las e minhas mãos escrevê-las.
Acredito que tudo que escrevo já estava pronto dentro de mim, e em um momento propício minha alma convida minha mão para um passeio, onde meus olhos só assistem ao espetáculo acontecer... Depois eu, munido de razão e sentimento, edito e dou o devido polimento ao diamante bruto que tenho à frente.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Não são loucuras, São sinestesias..

Sabe o dia que você grita pras janelas, bom dia? Sabe quando se está super atrasado, mas você sabe que ainda dá tempo, que ainda é possível? Sabe quando quem você ama nem te olhou [não importa o/os motivo (s)], talvez nem tenha dito que te ama, mas ainda assim você ama e é feliz? Acho tão monótona as relações de completa reciprocidade do tipo: ‘forever’[...] não entendeu? Imagina assim... Tu ama uma pessoa hoje, e ela te ama... Mas isso não por achar a cara metade, mas porque todos vão te amar. Todos. Vão. Te. Amar. Que coisa chata! Já sofreu por amor né? Eu sei que já. Passou? Amou de novo? Sim². É assim... Cada amor novo uma nova sensação... Por isso a gente acorda e ouve um pouco mais o canto dos pássaros, o sussurrar do vento, o ‘shuááá’ do mar... Até aquela buzina do seu vizinho que precisava sair cedo em pleno domingo e deu uma bela buzinada enfrente a tua porta, ou a tua outra vizinha que resolveu colocar aquele som alto e esqueceu que o deserto do Saara está em outra parte do mundo, e ao redor dela existem seres que dormem (ou estavam tentando). Isso não é a minha vivencia de hoje, mas já foi de um dia, dois... O teu? Claro. Somos normais, especiais, ou comuns? Eu sou os três em um, isso varia da forma que tu me cativas, sabe a reciprocidade? Tu-me-cativas-eu-te-cativos-nós-nos-c.a.t.i.v.a.m.o.s e assim vai, com pausas e partes aceleradas, mas com muita fé, e felicidade.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Sonhos.


Sonhos são tão possíveis. Por diversas vezes já ouvi a frase ‘você é louco’, apenas por contar meus sonhos. Incrível a capacidade de alguns de duvidar do potencial alheio, de menosprezar suas expectativas, de duvidar que aqueles sonhos serão realizados... Sempre digo uma coisa: se já são sonhos, por que voar baixo? O nome define, sonho é aquilo que você deseja que aconteça, não quer dizer que acontecerá (ou não), se o homem que inventou a roda não tivesse sonhado com dias melhores certamente noventa por cento do que conhecemos nem existiria, talvez eu nem estivesse aqui, agora, escrevendo... Se meus sonhos forem rasteiros próximos do solo, eu realizarei, mas o fácil é tão monótono... Prefiro ter meus sonhos onde as águias voam, prefiro ir ao pico do Everest sonhando e tal qual um alpinista ir, mesmo que com dificuldade ou barreiras subindo centímetro a centímetro, cada vez mais perto dos meus objetivos. Traçamos metas a cada começo de ano, isso nada mais é do que mais sonhos, estudamos... Nada mais é do que o sonho de realização profissional, lemos... Nada mais é do que o sonho de chegar a última página do livro com o objetivo de entender e talvez agregar aquelas linhas escritas as nossas vidas. Se você observar tudo que te rodeia, verá que tudo foi feito e é feito por um sonho. Não sonhos de travesseiros que tem muito mais haver com possíveis previsões ou reflexos dos dias que vivemos, mas sonhos acordados e de olhos bem abertos... Já os pés no chão, não me agradam muito... Se o homem não é dotado de asas é porque ele possuí sonhos, que os levam a qualquer parte do universo. Tudo é questão de motivação... Se você tiver um sonho e simplesmente guardá-lo naquele baú de memórias, ele só servirá de arrependimento no futuro, quando em um belo dia nostálgico você rever memórias e o acha perdido e empoeirado, e só ai, quem sabe depois de muitos anos de vida, resolva ir a luta... Sei que nunca é cedo ou tarde pra realizar sonhos, sei que nem todos dependem só de nós, mas só temos dois caminhos, ir a luta ou sentar esperando que os sonhos se realizem sozinhos. Os sonhos são teus e as escolhas também, quanto aos meus eu luto, incessantemente, incansavelmente, talvez não da forma mais correta para muitos, mas idai? As realizações são minhas, positivas ou mais positivas ainda.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

[..]

Muitos gostariam de vários poderes.. voar, vida eterna, super velocidade... Eu gostaria só de um: tornar mais feliz todos os dias das vidas das pessoas que eu amo. Não existe coisa mais triste que ver uma lágrima, uma tristeza, uma falta de ânimo no rosto, nos gestos e nas palavras de quem se ama. Estive relendo cartas, revendo fotos, relembrando momentos... Lembrei dos amigos que tive, das alegrias que vivi, dos amigos que perdi, das tristezas... E percebi que nunca estive só. Deus é tão perfeito que sempre coloca as pessoas certas ao nosso lado quando precisamos... Pode parecer o que for... Para mim é Ele que põe esses seres mágicos que sempre nos confortam, nos ajudam, erguem nossas cabeças nos dão as mãos e seguem conosco. Caminhei pela minha vida e vi que os bons sempre ficam... Outros tantos não piores, só cumpriram seus papeis nas nossas vidas. Vieram e fizeram suas partes, e os valorizo por isso. Valorizo quem moveu se quer uma poeira na minha estrada... Cada grão de poeira foi tão importante na composição do que sou, e cada ser que entra na minha vida vai ocupando espaços que não são definidos por mim e ainda não sei por quem... Sei que no meu coração nada seria tão bonito se não tivesse a presença de alguns Seres... Eu humildemente só tenho a agradecer por me ajudarem a ser quem eu sou... quero ser para os que eu amo, um esconderijo, um refúgio, um abrigo... Quero ser como um farol para o viajante que através dele se guia... Posso estar caindo, posso estar como for... Para meus amigos serei o porto seguro e jamais os deixarei resvalar, não se eu puder impedir.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

[...]

Um emaranhado de coisas, pessoas e pensamentos. Mais um na multidão, um pingo de "i", uma vírgula. Que saudades dos pontos de continuação... Questionamentos inquestionáveis, porquês deploráveis, assuntos exuberantemente inúteis. Um dia cansa-se do monótono, um dia quer-se aventurar, indagar-se, um dia vive-se. Apesar da confusão ainda aparente, dos livros ainda não lidos na estante, dos contatos pendentes, das frases inacabadas, apesar dos que pesam, apesar de tudo. Um dia acha-se o pedaço que falta, o ultimo acorde da melodia, aquele retrato tirado a anos que fazem 2 dias. Apesar de não fazer-me entender, entenderam. apensar de não explicar, dispense-me. Esqueça, ou não. Não estou querendo confundir-te, quero que pense, acima de tudo. Não seja parnasiano com a sua vida, não assemelhe-se ao ourives tal qual modela o ouro. Não viva a vida pela vida, viva para merecê-la, não é um convite, não é um pedido, é apenas mais um conselho.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Sou Um.


Não sei qual divergência existe entre ser e mostrar. Não sei quais diferenças escondem as imagens-sentimento, da figura real ao vivo. Não sei realmente quais ‘disaparicencias’ existem. E quem disse que gostaria de saber?

Acho que tudo deve ser vivido, sentido. Por mais que eu não faça sentido para muitos que me leem, me veem.. eu faço sentido para mim. Por mais que não entendam meus devaneios escritos comparando-os com os falados em conversas pessoais, eu sou este que vos fala. É primeira pessoa.. ainda que soe terceira, quarta.. quinta.

Acho que ficar buscando um elo de junção é tão vão. Sabes que sou eu, este e aquele que imaginam ser um terceiro. Quem disse que eu me mostro diferente? Será que os olhos e ouvidos não me veem deturpadamente? As vezes parece coisa de ator, que encena sua própria vida. Não é. Não é um monologo apenas. Nem chega a ser uma peça, conto, encanto.

Só uma vida. Não sei porque confundem tanto as coisas. Os outros né? Eu continuo com a certeza do que sou e como sou. Acho importante levá-los a este caminho de leitura. Talvez alguns nem me vejam em dois. Alguns me veem um, ou talvez outros dois.. sou um.

Acho que posso mostrar a todos o meu ser sem esconder nada (ou quase nada) existem aquelas partículas pessoais que só nós sabemos.. é como aquele objeto pessoal que só nós sabemos o jeito que funciona melhor, só nós reconhecemos os defeitos.. é assim. Só nós nos conhecemos por inteiro, e muitos nem isso conseguem fazer.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Tudo é Palavra


Palavras. adoro seus poderes. Magníficas até em canto de pássaros que ao olhar humano não parecem ter sentido. Olhar? sim, olhar. Onde está escrito que nossos sentidos e percepções têm padrões? palavra. Seus poderes cujos quais fiz menção se revelam. Precisas e exageradas, uniformes ou variadas, diferentes ou abstratas, iguais ou indiferentes. Palavra. São mostradas em nosso cotidiano, são presença no nosso dia. Tudo é palavra, ou a palavra é tudo. não a você sem palavra, em qualquer sentido você, sempre, sempre será palavra. mesmo que em gesto, mesmo que em visão. mesmo que no tato. Tato? apalpar palavras, um dos fundamentos da linguagem para surdos e mudos. qualificar e delimitar valores não fazem de palavras coisas. Mais coisas palavras. Ser confuso? sim. Agora conheces o poder das letras unidas.
Obs.: Ao som de Smells Like Team Spirit, não tem nada haver a tradução dessa música com o texto, mas as batidas frenéticas do Nirvana me inspiram!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Vem Comigo..



Seria inútil viver sem ter pelo que lutar, sem acreditar em algo, sem gostar de alguém, sem ter amigos ou em quem confiar. Seria tão inviável a vida sem aprendizado, sem erros, sem as dúvidas, sem os por quês. Seria tão fugaz, viver do ócio desenfreado, viver do vagar. Acho tão válido ir a luta, não abaixar a cabeça e desistir, sentir e falar ao invés de apenas calar. Minha geração passa por processo de congelamento, quase não indigna-se, questiona ou briga, apenas engole-se e depois põe para fora. Parecem estátuas, que não vivem, sobrevivem. Posso parecer o que for, ser o que for, para quem for. Eu sou apenas alguns rabiscos que após somas, subtrações, multiplicações e muitas divisões busca ser útil. Busca evoluir, é passível a erros, é suscetível a decepções mais é incessante em sua busca por um mundo melhor, muitas vezes vinham/vem a mim conversar, desabafar.. não que isso seja incomum ou errôneo, mais é tão gratificante a sensação de passar confiança, de ser o ombro amigo, de ser parceiro, por mais que tantas vezes eu precise e não encontre os mesmos tratamentos não me perco em solidão, mesmo que nem sempre o outro esteja disponível, não subjugo, somos humanos. Não estamos acessíveis a todo momento, não é da natureza de minha espécie acertar sempre. Se eu não acerto sempre, como posso cobrar isso de alguém? talvez busquemos uma felicidade deturpada, em que vemos a felicidade no outro. No que eles pensam, acham, sentem. Mesmo que soe egoísmo, mesmo que soe o que for.. a felicidade está dentro de cada ser, os outros apenas completam-na, mais a essência somos nós, se todos fossem adeptos de filosofias sinônimas, não sofreríamos tanto a cada fim de relacionamento, seja de qual caráter for, certa vez aprendi que quanto maior a expectativa talvez seja maior a decepção.. aprendi a não supervalorizar certas coisas, aprendi, não, estou em fase de aprendizagem de tanta coisa, e indubitavelmente esse processo será eterno, não sou um mestre, mais tento junto com os que me rodeiam aprender e ajudar a chegar-se a uma possível lição, não sou perfeito, mais se quiser acompanhar-me, adoraria sua companhia.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Direto da Sede dos Sentimentos

Queria ser Sangue em tuas veias para que de mim tua vida dependesse,
para que eu, em meu egoísmo pérfido, tivesse você só para mim,
e em todos os dias da vida fossemos um,
sendo somente recíproco, complementos,
onde fosso algum por mais fundo que fosse podesse arrancar.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

- E se a vida fosse escrita de lápis?
- Poderiasmos desenhar, escrever, rabiscar, errar.. e depois apagar.

Considero erros processos de aprendizagem, onde aprendemos que aquilo é errado. Ainda que sejam necessários ou sem querer, erros são sempre erros. As palavras possuem definições.. o contrario de erro serio o acerto e isso muda toda a figura.
Não gosto da possibilidade de poder apagar o que fazemos. Já pensou se tivessimos esse poder? Alguns errariam de proposito, causariam dor e depois apagariam. Como o famoso "morder e assoprar". Ainda que ao apagar as dores sumissem.. existem coisas que se tornar cicatrizes no coração.. marcas.
Gosto da possibilidade acertar.. ainda que ela seja a mesma que erra, isso se chama arricar.
Apesar de quê, até erros e acertos são questões de pontos de vista. O meu erro pode te soar como acerto e vice-versa. Acho que ninguem tem direito de julgar as ações alheias. E penso assim.. acho que não existem erros e acertos.. existe no fim, só opniões.
Opniões são verdades pessoais que variam de acordo com meus modos, personalidade, criação e meu jeito de ver o mundo. Ninguem é igaul ao outro, então, erros e acertos não são fatos que possamos ver da mesma forma.
Errando ou acertando, meu dias vão passando. Alguns com durações menores que outros.. até o tempo é subjetivo. Por fim, quero que meus dias sejam longos, para que em cada um deles, eu possa errar pela manhã e dorme com a certeza que acertei.

quinta-feira, 29 de julho de 2010



Gritar é necessário. Mais do que chorar muitas vezes, gritar é quase uma condição para não morrer sufocado. Pior do que lágrimas contidas, os gritos são espíritos que precisam ser exorcizados. São pensamentos que se fundem como urânio em uma bomba atômica e produizem tal qual a mesma destruição. São frustrações muitas vezes causadas por terceiros, são proibições, são obstáculos, que só um grito vindo do mais profundo ser, pode fazer desaparecer. Quantos gritos já calei.. já poupei a tantos que em situações amenas não fizeram o mesmo por mim. Quantos gritos já ouvi e efeitos nenhum teve. Quantos gritos já bradei, e sei que o recptor também efeito nenhum sentiu. Gritos doem mais do que palavras e são produzidos da mesma forma. Gritos são palavras de ordem sem sentidos ou forma conhecida pelo dicionário, mas que ao serem projetados, automaticamente trazem toda sua carga a tona.. antes de entender um grito, sentimos. Cansei desses barulhos ensurdecedores. Cansei..

sábado, 24 de julho de 2010

Desenrolar de um "Eu te amo"



Eu certamente teria planejado dizer tantas coisas, tantas palavras, tantos sentidos, tantas emoções que de tanto imaginar esquece. Seria falso, seria previsto, seria encenado, não seria real, verdadeiro, emoção do momento. Coisas para serem ditas a quem se gosta não devem ser arquitetadas, construídas, tem que ser espontâneas, no momento, no ato, no fato. Se pra te dizer que te amo preciso dar voltas, caminhar em círculos, viajar ao infinito e ainda assim surtir efeito, por que não assim fazer? Se for preciso de linhas, entrelinhas, margens, bordas, rabiscos, bilhetes, frases soltas, vamos juntar tudo para a mensagem ser direta. São curvas que seguem em linha reta, nuvens de chuva em pleno sol de verão, é a lágrima de alegria com sorriso de incerteza. É o ser e o não saber, não querer acreditar, são só pensamentos não planejamentos, anseio de um futuro que está quaze nas palmas da mão.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Gosto de caminhar sentindo o vento no rosto.. gosto de sentir a brisa imaginando coisa alguma ou sonhando que aqueles afagos de ar são tuas mãos sedosas a me acariciar. Gosto do cheiro da chuva quando toca o solo e nem se quer respirar vendo só o por do sol no teu olhar. Gosto de viajar em teus cabelos com cheiros de flores que quase roubam meu ar tomam meu coração em teus braços como pássaros cantando acordes que o homem tenta imitar. Gosto dos dias de frio do inverno , pois logo te imagino tão perto onde o braço pode alcançar, onde a boca possa beijar, onde a mão precise tocar e o corpo em um se juntar. Gosto dos dias de verão quando ele vêm do calor dos teus abraços, do sol dos teus olhos, da lua cheia do teu toque delicado enquando meu coração dilacerado por você volta pulsar.