"Todos somos espinhos em potencial, apenas exalamos perfume para disfarçar."



sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

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Caminhando na vida, descobri uma vírgula, um sinal para dar uma pausa, pensar, mas logo em seguida continuar. Descobri que tenho saudades. Por toda vida sempre fui aquele menino que se apegava a seres, coisas, pessoas .. sempre fui de muitos amigos, amores e valores. Desde minhas professoras das séries iniciais aos melhores amigos que a vida me deu, sempre me apeguei a alguém. Se eu fechar os olhos, não seria capaz de contar nos dedos de dez mãos o tanto de pessoas que quero bem. Dez? Ainda é muito pouco. Caminhando pela vida, descobri que sou amado por tantos.. e isso aquece meu coração. É como se alguém pudesse envolve-lo com um manto, aquecendo do frio, deixando em uma temperatura aconchegante, como colo de mãe. É tão bom olhar ao redor e ver trezentos e sessenta graus de sorrisos. Em cada ponto da volta que der, encontrar um alguém para abraçar. Ainda que olhando para baixo encontre, alguns, que preferiram esconder os risos e mostrar para mim, uma face mais séria ou até ríspida às vezes. Esses são os pormenores, aqueles a quem eu desvio o olhar, ignoro. Por mais que sejamos amados, nunca seremos totalmente, ou sempre iremos querer mais. Apesar de muito julgado, apontado, questionado, sei o que sou, como sou, porque sou e acima de tudo, sei o que pode me fazer feliz. A segurança de ser amado, trás consigo uma gama de convicções. Mesmo distante, mesmo ausente, mesmo faltando na hora que muitos precisaram, eu amo a muitos. Acho que nasci com o amor no peito, o dom de encantar pessoas e orgulho de fazer amigos. Não tenho problemas em dizer te amo, desde que o amor exista. Não concordo com a teoria de amar poucos, o amor nasce, não escolhe pesos ou volumes, tão pouco ocupa espaços ou conhece dimensões. Sei que minhas verdades podem não condizer com as alheias, mas prefiro conservá-las assim, bem minhas. Quanto às saudades, sei que matarei sempre, um pouco por vez. Quanto aos amores, carrego no peito e vez ou outra, faço operações matemáticas. Quanto às palavras, são só desabafos. Quanto a mim.. sigo aqui, meio em sonho, meio em uma realidade desejada.

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