"Todos somos espinhos em potencial, apenas exalamos perfume para disfarçar."



domingo, 30 de outubro de 2011

Comparações



I- O amor é uma montanha-russa. a gente sobe devagar, sem muita emoção, descobrindo como é... Chegamos no topo e despencamos com os braços pro ar. Vamos gritando enquanto caímos. Mas por mais que a gente queria voltar atrás, aquele brinquedo não nos obedece. O carinha que está lá embaixo no comando, sorri. Você pode implorar para que ele pare aquela tortura, mas não depende da sua vontade. Depois que passa a fase das cabeças pra baixo, voltamos a subir, ainda receosos da última girada, mas... Fazer o quê? O brinquedo não para porque a gente pede. Vamos subindo, girando, caindo, não para nunca.

II - Vou te confessar agora uma mania de criança, nada grandioso, mas hoje faz sentido. Gostava de morder algodão. É, isso mesmo, meio bobo e infantil como o maravilhoso mundo de uma criança. Mas não era só pelo morder, era pela sinestesia, sabe? Era algo macio, que mesmo com toda rispidez do morder, não deixava ser leve e macio, tipo o amor. Antes eu brincava de morder algodão, hoje eu tenho a sensação de fazer isso sempre que te vejo. É como se pairasse sobre mim uma sensação de êxtase, é inexplicável, ou melhor, é como morder algodão. É como se alguém, bem de leve, com todo carinho, num dia frio, agasalhasse teu coração. Sabe aquele frio da manhã? Aquele onde o dia nem decidiu se permanece noite ou acorda os passarinhos? Pois bem, daí, misteriosamente duas mãos levantam teu cobertor, você sorri e afaga o rosto no travesseiro. É isso. Assim é morder algodão.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Exalando

eu, guri.

Hoje queria falar sobre as minhas manias tortas, sonhos e coisas malucas. Gosto de viajar olhando as paisagens, imaginando que meus olhos podem fotografar, sonhando em sair correndo sem destino por aquelas terras sem proprietários. Curto ver filme no escuro, com chuva, frio e pipoca. Sou apaixonado por café, mais pelo cheiro do quê pelo sabor. Sonho em viajar o mundo, ter um mapa-múndi na parede do quarto com fotos tiradas em cada destino. Não sou do tipo que curte estereótipos, julga por gostos ou esconde os defeitos. Sou grosso, meio ignorante, mas não sou do tipo que ilude, sinceridade é um prato cheio. Já vivi um tempo preso dentro de mim, sem conseguir escapatória, fugindo dos olhos e tapando os ouvidos. Venci batalhas que criei, derrotei inimigos que nunca existiram, superei barreiras intransponíveis de dois degraus. Sou exagerado do tipo clímax, hipérbole e falta de nexo. Sou confuso e abstrato, pouco palpável e fingido invulnerável. Sorrio sem estar feliz e não preciso chorar para dizer que estou triste. Amigo até pode ser aquele que conheci há 10 minutos, sei lá, tem gente que me conhece há tanto tempo e mal sabem meu nome, outros que conheci ainda ontem e já sabem o nome dos meus filhos. Curto rir, conversar, ouvir, mas tenho meu tempo. Pras necessidades to 24h, pras festas 12 e nem sempre incluo sábados, domingos e feriados. Tenho planos pro futuro, sonhos além das nuvens e odeio que duvidem da minha capacidade. Irrito porque gosto das caras de bravo, me lanço porque gosto dos desafios, mas desisto de muita gente porque sou ‘tímido’. Não entendo muito de muita coisa, mas tenho cara de esperto e sempre acham mais do que sou. Até poderia expor nesse momento de confissão, alguns “etc” que nunca narrei, mas já tomei demais o seu tempo, então, vou sair agora.




sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Turning Tables

Calma, eu sei que as coisas parecem difíceis, mas respira fundo. O amor sempre prega essas peças, você já deveria estar acostumado à falta de reciprocidade. É, tem razão, jamais vamos nos acostumar a algo que nos faz mal, mas pensa comigo... Que chata seria a vida de gostar só de quem gosta da gente, é até irracional pensar assim. Não chora, enxuga essas lágrimas, segue aquele papo de “não te merece” (não dá certo, mas é um caminho). Sabe, passa a odiar, a gente esquece mais rápido se arruma um motivo para desgostar, quer dizer ... Não odeia, o ódio é o sentimento mais próximo do amor. Então espera, evita pensar, deixe de ouvir essas músicas do tipo algodão doce, fica ouvindo o tic-tac do relógio. Se da noite pro dia o amor aparece no peito, do dia pra noite ele desaparece. Não fique se culpado ou procurando respostas para perguntas que nem deveriam existir. Só luta se for te fazer feliz, seja egoísta mesmo, não se preocupe em não magoar os outros se isso for te machucar. A gente só quer privar os outros de sofrer e acaba sofrendo por eles, não vale apena, acredite em mim. Ah, só mais uma coisa, antes de amar alguém, se ame mais, isso ajuda.



domingo, 26 de junho de 2011

Antes de Te Encontrar


O caos é quando o coração se rasga. Não existe nada tão dual, cortante e reconstrutor quando o amor. É uma libido doce, misteriosa e completamente tentadora. Não sei, mas ver o vento brincar com as coisas me dá uma sensação boa de amar, de amor, de querer gostar de alguém, do mundo, de mim e de nada. Às vezes é tão mais proveitoso apenas contemplar, admirar quanto belo e intocável. Não que os receios e dores das paixões antigas me tenham deixado resignado, mas é que ando querendo sentir algo forte, coisa de pele, uma alma ligação espiritual, um beijo de almas sabe? Sinceramente, que me faça sentir vivo, com sangue nas veias. Simplesmente não consigo me interessar pelo momentâneo, pelo vago, incerto ou todas essas paixões de uma noite. Queria achar aquela que fizesse meus olhos adormecerem de amor e abrisse meus lábios em sorriso na manhã seguinte pós-sonho. Mas sei que por mais nuvens que existam no céu, por mais coberto que esteja o sol, ele ainda está pulsante e aquecido só esperando uma brecha para lançar seus raios.

Obs. Esse texto foi feito 2 dias antes de abrir os olhos e enxergar a mulher da minha vida, hoje os raios de sol abençoados por Deus, iluminam nossa relação a 4 meses e 4 dias.


sexta-feira, 20 de maio de 2011

Conflito Mental

Se eu tiver que viver só para ter certeza que vai virar passado, ainda sim desejo. Não é pecado tentar ser feliz. Não te culpo, não me culpo. Para quê existe culpa enquanto se busca a felicidade? Não consigo distinguir as coisas, não consigo ter certeza se é isso que eu quero, mais quero. Não sei se vai valer a pena, não sei se é arriscar de mais, não sei se é algo que posso alcançar, algo palpável, mais parece que o céu realmente mudou de tom, parece que os detalhes realmente passaram, realmente acho que sonhei do bom, não sei o demorar quanto ao tempo pra chegar vai realmente demorar, é mais que só esperar, talvez tentar, não sei, não sei, sei. Não sei se quero ou se é preciso enxergar. Vamos tentar. Ou é melhor dar tempo ao tempo? Não sei por que sempre existe esse 'se' não sei se vou querer enxergar essa partícula sempre, mais e se agora for preciso? Acho que preciso pensar mais ou deixar de o fazer [...]

sábado, 14 de maio de 2011

Quando Criança...


Hoje queria pensar sobre nosso tempo. Antes o dia durava mais, lembro dos meus finais de semana na infância, e todas as aventuras e seres que eu podia ser em apenas dois dias, que me davam tanto prazer, que a semana voava e eu tinha toda aquela realidade benfazeja novamente.

Com o passar dos anos, fui adquirindo responsabilidades, não tão pesadas quanto algumas de pessoas da mesma idade.. mas que a mim pesam, responsabilidades com a minha vida, com minha evolução quanto homem, quanto as minhas experiências pessoais e acima de tudo, com meu conhecimento.

Quando somos pequenos, temos sonhos que desconhecem impossibilidades, fantasias, e ir a lua, é dobrar a esquina. Quando crianças conseguimos ver tudo claramente, solucionar problemas, matar vilões, salvar as mocinhas, ser quem queremos. Quando crescemos e aprendemos a escrever nossos contos de fábulas, as coisas parecem que perdem o brilho.. não queremos mais matar vilões, guardamos os bonecos para nossos filhos e queremos as mocinhas não para defendê-las, mas para tê-las para si.

Quando era criança, apesar de todo dia longo, sempre havia tempo para brincar. Quando cresci, o tempo não mudou, minhas obrigações sim.. as brincadeiras são outras, os amigos.. alguns, até são os mesmos, mas o papo é outro. Nostálgicas lembranças que são fontes de comparação.. nosso tempo era o mesmo, mas sempre havia tempo para tudo.. hoje nunca há tempo para nada. Cada dia parado é um dia perdido, cada chance perdida pode não voltar atrás, cada caminho trocado pode levar a um destino.

Lindas são as crianças que ao mudarem de personagem, ainda que em imaginação, esquecem os males do mundo, esquecem as dificuldades, os problemas, pouco se importam com um dia cheio de estudo.. se no fim, forem ter dez ou quinze longos minutos de brincadeira ou desenho animado.

As pessoas queixam-se de outras que aparentam ser crianças grandes, entendo que algumas atitudes devem ser de acordo com as idades e tudo tem sua fase, mas se todos tivéssemos um pouco de criança dentro de si, acho que o mundo não seria tão mal, tão ríspido, etiqueta e o bom dia por educação, não seria estereótipos de uma sociedade hierarquizada.

Concluo.. meu tempo é o mesmo, minhas obrigações certamente não. Mas meu desejo de felicidade, de ver o mundo sempre bem e todo o lado bom de ser criança, ainda mora no meu coração. As pessoas se corrompem e ficam burras, em uma busca por um conhecimento mal definido no fim das contas, mas eu, acima de tudo, sou um adulto que sonha como criança, pois já que são sonhos, não me peça para por os pés no chão.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Love Fake


Ainda me surpreendo com a velocidade das coisas. No século da comunicação instantânea e móvel, o amor parece que perdeu o sentido.

Hoje as pessoas buscam mais intensamente viver paixões avassaladoras, hoje, quer-se alguém para chamar de seu, mesmo que esse alguém seja em forma de pixels, na tela. Toda essa busca desenfreada por sentir, confunde, ilude, deturpa e extingue o amor puro e bruto.

Ainda me lembro das aulas de literatura, dos poetas que morriam de paixão, dos amores platônicos e confesso, queria sentir aquela paixão, que só por existir já bastava, sem qualquer reciprocidade.

Nesses dias que se seguem, conhecer não é tão importante, saber o nome, CEP e idade, já basta. Nome para ter a quem denominar de amor. CEP para justificar a falta de contato e lamentar a distância. Idade para fugir das leis e ponderar a maturidade.

As pessoas perderam os sentidos ou fui eu. Mesmo completamente submerso no mar da comunicação virtual, preservo meus amores, minhas sensações, meu prazer, meu ser. Mesmo julgado a todo instante por estar vendo parte da vida através da tela, sei que aqui, por mais intocável que as peles sejam, os corações são atingidos diretamente. Mas venho me assustando dia após dia.

Antes se amava o ser, o convívio, os momentos, as ações. Hoje, ama-se a figura e o que aquela foto mostra. Mesmo sabendo que não conhecemos completamente, nem aqueles com que dividimos o teto, conhecer alguém, por inteiro aqui, através da tela, é difícil. Hoje, ama-se o que as pessoas permitem ver. Ama-se quem desejamos ser…

O amor com o passar dos dias, vem mudando de forma nos olhos e corações de alguns. O sentir é mais importante, mesmo que seja passageiro e ilusório. Ainda acho que “eu te amo” é artigo de luxo, e difícil de dizer. Ainda acho que nasci para sentir de verdade e não para: loves fake;

terça-feira, 5 de abril de 2011

Conformismo Irritante


Vivemos no mundo da imediaticidade, no tempo do click onde um toque modifica toda uma realidade e ainda assim, depositamos tudo nas pobres mãos do tempo. O ser humano é dotado de um conformismo irritante. As pessoas hoje são passivas do próprio destino, são reféns dos próprios hábitos, presas aos próprios costumes, paradigmas e preconceitos. Se hoje nada der certo, acredito que um dia tudo dará. Se eu te amo e não te tenho hoje, sofrerei até o belo dia que possamos ficar juntos. Se eu não posso hoje, amanhã é outro dia. Quando será esse dia? Eu juro que desejaria saber quando é o tal dia que todos almejam e nunca vem. Por diversas vezes vivemos infelizes esperando um ato, uma ação de alguém. Por muito tempo ficamos sofrendo por algo que temos certeza que nunca virá. Ah, quantas vezes iludimos nossos próprios corações, com palavras que foram ditas e deturpamos? Quantas vezes gostaríamos de fazer algo, mas não o fazemos esperando um tal momento apropriado que mal se sabe se existirá? A expectativa de vida do brasileiro ronda os 78, 79 anos… Em pouco tempo seremos um país de velhos inconformados. Inconformados por termos nas mãos um poder inigualável de transformação, um poder de realização, uma capacidade modificadora e modeladora de situações que mal sabemos explorar. Hoje, usamos até a tecnologia e as músicas para coagir e causar separação. Hoje tudo se torna arma. Hoje, esperamos o futuro e mal escrevemos o presente. Hoje sentamos, lemos, engolimos e é isso mesmo. É muito mais fácil balançar a cabeça do que arregaçar as mangas da camisa.

Kelly Clarkson - Breakaway

segunda-feira, 14 de março de 2011

Bendito Seja O Amor


É meio estranho, até certo ponto é algo sem sentido, sem nexo. Mas tudo que eu menos quero é entender. Incrível como o amor é surpreendente, amamos e não sabemos a quem, ou melhor, sabemos… na maioria das vezes não sabemos o que compõe aquela pessoa. Às vezes nem conhecemos os gostos, os hábitos, o cotidiano… Mas amamos. Não escolhe-se a quem amar, isso é uma verdade, mas o descobrir dia a dia, o desfazer de mistérios, a sinestesia dos acasos, encantam. Bendito seja o amor… esse quebrador de coisas que ele mesmo constrói e chama de momentos de felicidade.


" É tão certo quanto calor do fogo

Eu já não tenho escolha

E participo do seu jogo, participo "

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Um Sonho


Hoje posso te contar que andei vendo estrelas. Depois de chegar à conclusão do tempo perdido com pessoas desnecessárias, olhei para o céu, vi aquela estrela que brilha mais e me apaixonei por ela.
Depois de um tempo tu perdes a vontade de impor tua presença, todos sabemos onde somos bem vindos (e quando). O ruim é perceber que aquela ou aquelas pessoas que soavam importante(s) para você, te usavam como descarga de problemas, fonte de desabafo ou por interesses futuros.
Pessoas. Já viram quantas pessoas existem no mundo e eu não vou poder conhecer um terço? Imagina por quantas pessoas poderia me apaixonar, a quantas pessoas poderia me apegar... E eu escolhi alguns... Acertei em algumas escolhas, mas como bom humano que sou, errei em várias. Não me arrependo, me fortalece.
Nessa ida e vinda de pessoas em nossas vidas aparecem aquelas que mesmo com fortes ventanias, ficam. Isso é tão bom. Ter aquele braço aberto pra correr, ter aquelas fontes de abrigo, de sorriso!
Com todas as conturbações da vida, vamos tocando o barco. Se não por amor, amizade, afeto... Te dou uma carona... Se for por interesse, espera.. quem sabe quando eu conhecer todas as pessoas do mundo, eu venha, te leve comigo e te ensine a ter mais compaixão por quem te quer bem.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Amiga-Mãe



Louyse Reis

Eu não posso acabar com todos os seus problemas, dúvidas ou medos, mas eu posso ouvir você e juntos podemos procurar soluções. Eu não posso apagar as mágoas e as dores do seu passado nem posso decidir qual será o seu futuro, mas no presente eu posso estar com você se precisar de mim. Eu não posso impedir que você leve tombos, mas posso oferecer minha mão para você agarrar e levantar-se. Suas alegrias, triunfos, sucessos e felicidades não me pertencem, mas seus risos e sorrisos fazem parte dos meus maiores bens. Não é de minha alçada tomar decisões por você, nem posso julgar as decisões que você toma, mas eu posso apoiar, encorajar e ajudar se me pedir. Eu não posso traçar ou impor-lhe limites, mas posso apontar-lhe caminhos alternativos, procurar com você medidas de crescimento, formas de encontrar-se, meios de ser você mesmo sem medo da rejeição. Eu não posso salvar o seu coração de ser partido pela dor, pela mágoa, perda ou tristeza, mas estarei com você e ajudarei a juntar os pedaços. Eu não posso dizer quem você é ou como deveria ser, eu só posso amar você e ser seu amigo.

Pequenas palavras para grandes sentimentos,

Texto dedicado a minha amiga-mãe [mala véia],

Louyse Reis.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Yourselves


Existem coisas que só o tempo pode curar. Existem feridas que por mais que os anos passem, e elas sequem, suas cicatrizes ficam. Descobri com o tempo, que nem todos que dizem: eu te amo, me amam de verdade. Aprendi com a vida, que eu nasci para amar, e um amor que não der certo, não for recíproco ou simplesmente acabar, não nasceu condenado, não é o fim do mundo, nem fará meu coração parar de pulsar. Só temos um propósito na vida, sermos felizes. Por mais difícil que ele aparente ser, e por mais que busquemos alguém, que nos leve a felicidade plena, precisamos antes de tudo, de nós mesmos. Por mais ilusórias que as palavras alheias possam ser, no fim das contas só seremos nós e os travesseiros da cama. Aprendi com os relacionamentos, que só somos desejados quando não podemos ser. Aprendi que as pessoas não desejam a todo o instante nossa felicidade e que pelo contrário, nossa felicidade incomoda. Mas quem não nasceu para incomodar, não deveria ter vindo ao mundo. Seja insuportavelmente feliz (agora).

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Game mor


Às vezes achamos à vida monótona de mais, parece que uma calmaria estranha paira. É como ouvir sua música favorita e só sentir vontade de respirar fundo. Como ficar sentado em um canto da festa com a qual você sonhou a semana inteira. Ou como ganhar aquele presente tão desejado, e só... Sorrir um sorriso amarelo. Vivemos em busca de emoções, ainda que denominemo-las felicidade. Quando se é humano, nunca se está satisfeito, entendo que isso é o que dá movimento a roda da vida, mas buscar algo que lhe complete é uma tarefa árdua de mais. É um trabalho escravo para o qual não existe carta de alforria. É uma prisão eterna com raios de sol entrando pelas brechas da grade, e os vemos como momentos de felicidade. Talvez o amor seja mesmo um jogo perdido, ou eu, nós, não sei... Que sejamos jogadores pouco hábeis para tal batalha. Confesso que depois de alguns amores, paixões, ou coisas sem definição, não sei qual a melhor estratégia, correr em busca de um sentimento ou deixar que ele venha até você, como uma dádiva. Essas coisas do coração poderiam vir de maneira simplificada. Um guia de uso... Utópico e de um clichê gritante tal desejo, mas tão simples e até puro. Enquanto escrevo, ou às vezes despejo, vão passando alguns filmes, alguns flash’s... Sei que ao mesmo tempo, crio dúvidas e questionamentos em alguns. Às vezes respondo perguntas que certamente sei que me farão, mas só por hoje, me permita o silêncio das minhas palavras.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Dou-me por satisfeito.


É incrível, mesmo com o mundo aos nossos pés insistimos em desejar o indesejável e gostar do proibido. Que prazer e libido exacerbados nas cosias “exclusas”. Andando no escuro parece que esbarrei no botão da luz, e em forma de reação em cadeia, me desliguei daqueles que eu nem sei se um dia fui ligado. Ainda que os valores sejam os mesmos, as vontades, até que não... Os gostos ainda sim, o sabor que vem a boca, os desejos que nos faz salivar, ainda permanecem. Mas algo mudou. Foi a forma de importa-se com o próximo... Não me tornei egoísta, (não mais do que todo ser humano comum), mas hoje eu enxergo como me enxergam, uma versão melhorada de: “olhos por olhos, dentes por dentes” sem mortes, mas muito esquecimento. Mas esquecer de quem não lembra de ti, é realmente esquecer ou seria apenas, praticar um desapego já existente? Não sei, sei que agora quero ao meu lado os que se importam comigo, não meia dúzia de convenientes ou pidões.